Entrevista com Luis Radford

Entrevista tratou os conceitos relacionados à “Teoria Cultural da Objetivação” proposta pelo pesquisador da Laurentian University do Canadá.

Luis Radford é professor na Laurentian University no Canadá e seu interesse de pesquisa são os aspectos teóricos e práticos do pensamento, do ensino e da aprendizagem da matemática tendo como interesse central compreender o envolvimento em sala de aula entre professores e alunos.

Dentre os trabalhos produzidos por Radford, é importante mencionar seus livros “Cognição Matemática: história, antropologia e epistemologia” e “A Cultural-Historical Perspective on Mathematics”, ainda não traduzido para o português.

O Prof. Dr. Manoel Oriosvaldo de Moura entrevistou o Prof. Radford quando ele esteve na FEUSP para participar do seminário “O processo de ensino e aprendizagem a partir da Teoria Cultural da Objetivação”, evento realizado entre os dias 17 a 28 de março de 2014 e organizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Atividade Pedagógica (GEPAPe) da FEUSP e Grupo de Estudos e Pesquisa em Processos Educativos e Perspectiva Histórico-Cultural do Departamento de Educação (GEPPEDH) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Radford e a Teoria Cultural da Objetivação

Radford acredita que o modelo econômico que rege o capitalismo gera um sistema educacional que que não está cumprindo seu papel social e cultural na formação de cidadãos, mas se torna um local de capacitação de mão de obra para os negócios e para o mercado.

Embasada nos estudos de Georg Hegel, Karl Marx, Lev Vygotsky, Alexei Leontiev, Evald Ilyenkov, Mikhail Bakhtin, dentre outros, Raford desenvolve um trabalho que busca uma alternativa a essa visão de mercado dentro do ambiente escolar, enfatizando que os conceitos fundamentais da Educação devem ser questionados. Para ele, o saber não é algo inato, mas sim algo que é aprendido e praticado socialmente. A escola tem o papel de ajudar o aluno a compreender esses novos saberes, mas eles até então só estarão disponíveis para o aluno em potencialidade e será atualizado somente nas práticas sociais.

A objetivação, para Radford, é justamente aqueles processos sociais, situados cultural e historicamente, que fazemos com os alunos na busca do reconhecimento das potencialidades culturais que preexistiam no aluno antes de entrar na escola, ou seja, é a valorização dos saberes prévios dos educandos no momento de aprendizagem com a finalidade de que os novos conhecimento possam fazer sentido cultural e socialmente.

Sequências pictóricas-numéricas e regularidades – EDM0321

A presente proposta didática pretende trabalhar as sequências e regularidades com crianças do 1º ano do Ensino Fundamental I, na faixa etária de 6 a 7 anos de idade, e consiste em uma atividade lúdica de um jogo, no qual serão utilizadas ilustrações no lugar dos números. Optamos por utilizar imagens de frutas, para que as crianças possam construir sequências com essas imagens levando em consideração duas categorias de análise, tamanho ou cor, que podem ser ampliadas posteriormente conforme a criança se apropriar dos conteúdos.