O trabalho “As trajetórias escolares de professoras negras em São Paulo: um estudo sobre a construção de identidades profissional e étnica”, escrito por Arlete dos Santos Oliveira, analisa entrevistas realizadas ao longo dos anos de 2006 e 2007 com quatro professoras negras da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de São Paulo que frequentam o Programa de Educação Continuada, traçando percursos e realizando comparações para ponderar sobre o processo de construção das identidades durante suas histórias de vidas, o centro de interesse no trabalho.
Há um compromisso com a escuta das narrativas dessas mulheres, observando a maneira como constroem sua identidade individual a partir dos atributos da identidade de de sua comunidade de origem e também compreender as múltiplas estratégias e dinâmicas envolvidas em suas trajetórias, como as formas de sobrevivência que criam dentro dos limites da estrutura social vigente que acaba por as situar em uma posição de exclusão. O trabalho aborda a história, a memória coletiva, as estruturas social e escolar e as relações de raça/etnia e de gênero, elementos esses considerados os mais significativos no processo de construção da identidade dessas professoras, em dois momentos: “Origem social e relações familiares” e “Experiências Escolares”.
Assim, busca compreender as formas de inserção no campo educacional, os relacionamentos que estabeleceram com a cultura escolar, sempre trazendo presente as relações no ambiente escolar, na família, colegas de classe, professores e seu modo de ver as mudanças ocorridas em suas vidas e na sociedade.
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