Vida de Cientista – Ubiratan D’Ambrósio

Ubiratan D’Ambrósio é um dos pesquisadores mais importantes e influentes quando o assunto é ensino de matemática. Ele começou os estudos nesta área nos anos 50 e foi o criador do termo Etnomatemática.

Ubiratan D’Ambrósio é doutor em matemática, mas desde os anos 50 seu interesse tem se centrado na origem, organização e difusão do conhecimento matemático. Atualmente é professor na Universidade Anhanguera e suas pesquisas levam em consideração os aspectos históricos, epistemológicos, culturais e sociais com o interesse de contribuir para o ensino da matemática, disciplina tão mal compreendida socialmente.

Ele também foi o criador do termo Etnomatemática, área de pesquisa considerada bastante importante pelos educadores matemáticos e que tem trazido muitos materiais para o ensino.

O professor Ubiratan participou do programa “Vida de Cientista” da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP) e contou detalhes sobre sua história de vida acadêmica e sobre como tem se dado o desenvolvimento de pesquisas em Educação Matemática e Etnomatemática.

Etnomatemática e Ensino de Matemática

Criticando uma visão eurocêntrica da Matemática, a Etnomatemática busca dar voz às diferentes sociedades e grupos culturais, visando compreender como o conhecimento matemático é produzido e praticado por eles.

Essa ideia geral de etnomatemática também é levada para a Educação. Segundo Ubiratan, é importante que o professor leve em consideração os aspectos históricos, culturais e sociais do aluno, pois ao considerar como válidos os saberes e fazeres do aluno, o professor terá condições de mostrar as relações e importância do conhecimento matemático escolar.

Mais sobre Ubiratan

Em 2005, a International Commission on Mathematical Instruction (ICMI) o condecorou com a Medalha Felix Klein, reconhecendo suas contribuições para a Educação Matemática.

Além das contribuições na área de ensino de matemática, Ubiratan também busca transgredir com as barreiras disciplinares. Ele foi o fundador, junto com Edgar Morin, do Centre International de Recherches et d`Études transdisciplinaires (CIRET), atualmente um dos principais centros mundiais de estudos sobre os conceitos transdisciplinares. Também assinou a Carta da Transdisciplinaridade, produzida no I Congresso Mundial de Transdisciplinaridade em 1994, realizado em Arrábida em Portugal, com o apoio da UNESCO.

Dentre suas inúmeras obras, citamos “Educação Matemática: da teoria a prática”, “Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade”, “Da Realidade à Ação: reflexões sobre educação matemática” e “Trandisciplinaridade”.

FIGURAS E SÓLIDOS GEOMÉTRICOS-EDM0321

A atividade se faz importante para a construção da percepção de que os elementos estudados na escola podem ser observados no mundo cotidiano. Para que isso seja possível é necessário treinar o olhar das crianças para os padrões da natureza e objetos, de modo a ressignificá-los. A possibilidade de nomear algo é um importante passo para lhe atribuir sentido. Com a matemática não deve ser diferente e ainda, quanto mais visual, concreta e ancorada nos elementos do cotidiano, mais acessível se torna seu ensino.

Sequências pictóricas-numéricas e regularidades – EDM0321

A presente proposta didática pretende trabalhar as sequências e regularidades com crianças do 1º ano do Ensino Fundamental I, na faixa etária de 6 a 7 anos de idade, e consiste em uma atividade lúdica de um jogo, no qual serão utilizadas ilustrações no lugar dos números. Optamos por utilizar imagens de frutas, para que as crianças possam construir sequências com essas imagens levando em consideração duas categorias de análise, tamanho ou cor, que podem ser ampliadas posteriormente conforme a criança se apropriar dos conteúdos.